Aqui vai um comentário sobre alguns hábitos que achei estranhos desde
que minhas aulas em uma universidade alemã começaram: os "cadernos" aqui
utilizados, as canetas e as bolsas.
No Brasil, quando não utilizam computadores para anotações, cada aluno leva seu caderno, separado por matérias ou não, 200 ou 300 folhas, com linhas horizontais para anotar o que o professor fala com suas canetas, lápis ou lapiseiras, certo?
Então, aqui não é bem assim. A grande maioria dos cadernos é aqueles quadriculados, que funciona quase como caligrafia porque os alunos se esforçam para escrever o que precisam entre a pequena diferença de espaço entre as linhas quadriculadas. Depois disso vêm os blocos de notas. Alguns também quadriculados, outros coloridos, alguns sem linhas inclusive. Alguns em espiral, outros colados mesmo.
Durante a aula, os alunos vão numerando e destacando as páginas, voltando para casa cheios de folhas soltas. Isso porque essas folhas normalmente têm furos centrais, apenas dois, e ao término do conteúdo, os alunos colocam em pastinhas individuais que são vendidas em todas as cores. O problema que sempre achei dessas pastinhas (utilizo em meus cursos de alemão) é que todo o conteúdo fica de trás para frente! Ou seja, a primeira aula é a última da pasta, e isso não faz sentido para mim.
Essas pastas são tão utilizadas aqui que até eu já ganhei um furador de dois furos durante meu primeiro mês aqui. Veio na carta do meu seguro saúde. Nunca entendi por que logo na carta do seguro saúde, até que percebi que muito provavelmente os alemães furam seus documentos e também os guardam em pastas.
Sobre as canetas, aqui não é muita gente que se contenta com uma Bic da qual ainda não se perdeu a tampa. Os alemães transbordam de amor pelas canetas tinteiro. Não daquelas de nanquim, claro, mas umas que se coloca cartucho e precisa ter um jeitinho para escrever se não a tinta não marca o papel. Tem em qualquer livraria para vender, de todos os preços e modelos, para destro e canhoto, e os cartuchos vêm em potinhos redondos de vidro com até 100 unidades. São bonitas, claro, mas não sei se muito práticas (testarei em breve, fiquei curiosa).
Para se carregar tudo que precisa para estudar, por sua vez, no Brasil é comum mochilas, bolsas carteiro e, para as meninas, aquelas bolsas enormes de couro.
Em Tübingen, no entanto, temos uma bolsa unissex, com uma alça e enorme! Cabe desde os fones de ouvido, estojo, caderno, livros, até o almoço (comum de as pessoas trazerem de casa). E como sei disso? Porque elas são transparentes!! Todos são capazes de ver o que muita gente carrega na bolsa aqui. Claro que é prático quando pensamos que nós, donos das bolsas, podemos ver o que já está dentro. E aqui ninguém se importa muito em ver o que o outro carrega, mas isso me faz pensar o que aconteceria no Brasil se as bolsas fossem transparentes. Interessante, não?
No Brasil, quando não utilizam computadores para anotações, cada aluno leva seu caderno, separado por matérias ou não, 200 ou 300 folhas, com linhas horizontais para anotar o que o professor fala com suas canetas, lápis ou lapiseiras, certo?
Então, aqui não é bem assim. A grande maioria dos cadernos é aqueles quadriculados, que funciona quase como caligrafia porque os alunos se esforçam para escrever o que precisam entre a pequena diferença de espaço entre as linhas quadriculadas. Depois disso vêm os blocos de notas. Alguns também quadriculados, outros coloridos, alguns sem linhas inclusive. Alguns em espiral, outros colados mesmo.
Durante a aula, os alunos vão numerando e destacando as páginas, voltando para casa cheios de folhas soltas. Isso porque essas folhas normalmente têm furos centrais, apenas dois, e ao término do conteúdo, os alunos colocam em pastinhas individuais que são vendidas em todas as cores. O problema que sempre achei dessas pastinhas (utilizo em meus cursos de alemão) é que todo o conteúdo fica de trás para frente! Ou seja, a primeira aula é a última da pasta, e isso não faz sentido para mim.
Essas pastas são tão utilizadas aqui que até eu já ganhei um furador de dois furos durante meu primeiro mês aqui. Veio na carta do meu seguro saúde. Nunca entendi por que logo na carta do seguro saúde, até que percebi que muito provavelmente os alemães furam seus documentos e também os guardam em pastas.
Sobre as canetas, aqui não é muita gente que se contenta com uma Bic da qual ainda não se perdeu a tampa. Os alemães transbordam de amor pelas canetas tinteiro. Não daquelas de nanquim, claro, mas umas que se coloca cartucho e precisa ter um jeitinho para escrever se não a tinta não marca o papel. Tem em qualquer livraria para vender, de todos os preços e modelos, para destro e canhoto, e os cartuchos vêm em potinhos redondos de vidro com até 100 unidades. São bonitas, claro, mas não sei se muito práticas (testarei em breve, fiquei curiosa).
Para se carregar tudo que precisa para estudar, por sua vez, no Brasil é comum mochilas, bolsas carteiro e, para as meninas, aquelas bolsas enormes de couro.
Em Tübingen, no entanto, temos uma bolsa unissex, com uma alça e enorme! Cabe desde os fones de ouvido, estojo, caderno, livros, até o almoço (comum de as pessoas trazerem de casa). E como sei disso? Porque elas são transparentes!! Todos são capazes de ver o que muita gente carrega na bolsa aqui. Claro que é prático quando pensamos que nós, donos das bolsas, podemos ver o que já está dentro. E aqui ninguém se importa muito em ver o que o outro carrega, mas isso me faz pensar o que aconteceria no Brasil se as bolsas fossem transparentes. Interessante, não?
As famosas pastinhas. |
Alguns exemplos, mas tem outras com capinhas coloridas, grafitadas, com desenhos. |
Bolsa transparente. |